domingo, 26 de setembro de 2010

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No fundo eu sou apenas uma menina frágil que tem medo de escuro e reza antes de dormir.

Os meu medos são praticamente os mesmos, os meu fantasmas apenas mudaram de nome, mas eu continuo morrendo de medo de todos eles.

E a vida, essa coisa cruel, fica me exigindo coragem o tempo todo, pedindo pra eu esquecer coisas que são difíceis de esquecer

É nessas horas que a menina que mora dentro de mim vem à tona e se desmancha em lágrimas, diz pra mim que tá com medo, que não sabe mais o que fazer.

A mulher adulta que deveria existir em mim esquece que é adulta e se sente infinitamente triste.

Ela chora dentro de mim descompassadamente.

Agora eu vejo as duas chorarem, inundarem-me de lágrimas amargas.

Eu me sinto triste, tenho vontade de fazer algo por elas, ou melhor, por mim.

Tenho vontade de fugir de tudo isso...

Mas como eu posso fugir de mim mesma?